Governo avança com Agenda Nacional de Inteligência Artificial

O Governo aprovou a Agenda Nacional da Inteligência Artificial (IA), em Conselho de Ministros, assente em quatro eixos: infraestrutura e dados, inovação e adoção, talento e competências, e responsabilidade e ética.
Agência Lusa
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04 dez. 2025, 18:14

Na imagem aparecem ligações entre pontos brilhantes, em vários tons de azul-esbranquiçados, por cima de um circulo onde está uma cabeça com um cérebro como se fosse um raio-x.
Fotografia: Gonçalo Matias, ministro Adjunto e da Reforma do Estado, afirma que Portugal tem capacidade para liderar em áreas de IA, mas está muito atrás da média.

O Governo aprovou esta quinta-feira a Agenda Nacional da Inteligência Artificial que visa colocar a tecnologia "ao serviço do bem público e competitividade do país", afirmou o ministro Adjunto e da Reforma do Estado, Gonçalo Matias.

Na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, Gonçalo Matias reiterou hoje que Portugal tem capacidade para ser líder em várias áreas de IA, adiantando que a Agenda Nacional de IA conta 32 iniciativas.

"Portugal tem capacidade para ser líder em várias áreas na inteligência artificial", salientou o governante, nomeadamente "na adoção" da tecnologia na Administração Pública e nas empresas.

Gonçalo Matias referiu que o país parte "em desvantagem", tanto da Europa, como dos Estados Unidos.

"Portugal está muito atrás da média da União Europeia, isso significa uma grande margem de crescimento", prosseguiu o ministro, que referiu que a IA pode contribuir para o Produto Interno Bruto (PIB) com 2,7 pontos percentuais.

Esta contribuição, de acordo com o documento apresentado, é para um cenário de adoção rápida de IA no período 2023-2030.

A Agenda Nacional de IA assenta "em quatro eixos", acrescentou o governante.

O primeiro é infraestrutura e dados, que visa desenvolver capacidade computacional e economia de dados robusta, reduzindo a dependência externa, seguida da inovação e adoção, em que "é muito importante que as pequenas e médias empresas [PME] tenham acesso a novas tecnologias", acrescentou Gonçalo Matias.

Este eixo desenvolve programas específicos de apoio às PME para que possam beneficiar da IA, disse.

Outro eixo é o talento e competências, com "capacidade de atração e retenção de talento", prosseguiu, e o último responsabilidade e ética, "que não se pode descurar", disse.

O ministro Adjunto e da Reforma do Estado defendeu que é preciso "promover um ecossistema de inteligência artificial responsável" e "regulatório eficaz".

A IA "traz problemas éticos e regulatórios e eles têm de ser tratados", enfatizou.

A Agenda Nacional de IA é operacionalizada através de 32 iniciativas, abrangendo todo o ecossistema – universidades, centros de investigação, empresas e Administração Pública.