Febre do Nilo detetada em Portugal leva DGAV a pedir reforço da vacinação de cavalos

A Febre do Nilo Ocidental (FNO) foi confirmada em Portugal. O vírus é transmitido por um mosquito e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) aconselha a vacinação dos cavalos nas zonas infetadas, bem como a eliminação de águas paradas, consideradas “criadouros de mosquitos”. Este ano, foram detetados oito focos no Alentejo e quatro em Lisboa e Vale do Tejo.
Agência Lusa
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05 dez. 2025, 16:29

Cavalo castanho deitado na relva
Fotografia: Febre do Nilo: autoridades reiteram importância da vacinação de cavalos após caso confirmado

A circulação do vírus da Febre do Nilo Ocidental (FNO) foi confirmado em Portugal e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) aconselhou a vacinação dos cavalos nas zonas infetadas e a proteção dos animais.

“Têm sido notificadas à DGAV suspeitas de FNO em equídeos, estando confirmada a circulação do vírus causador da doença no território nacional”, anunciou, em comunicado. Este ano, foram detetados oito focos no Alentejo e quatro em Lisboa e Vale do Tejo.

A DGAV aconselhou assim a vacinação dos cavalos nas zonas infetadas e a proteção dos animais contra picadas de insetos, bem como a eliminação de águas paradas, consideradas “criadouros de mosquitos”.

A febre do Nilo Ocidental é transmitida por um mosquito e, no caso dos equídeos, podem surgir sinais ligeiros, mas alguns podem desenvolver sintomas neurológicos, que podem ser fatais.

Equídeos e humanos infetados não promovem a transmissão da doença. Na Europa, a FNO apareceu, pela primeira vez, em 2000, em Camarque, França.

A DGAV já tinha alertado, no final de setembro, para o aumento do número de casos na Europa.

Entre janeiro e 15 de setembro, foram confirmados 272 focos de infeção pela FNO em animais, na Europa, sobretudo, em Itália (216). Alemanha, Áustria, Croácia, Espanha, Estónia, Grécia e Hungria também já reportaram focos.

Por espécie, os casos em equídeos foram detetados na Alemanha, Croácia, Espanha, França, Grécia, Hungria, Itália e Áustria.

Já os casos em aves foram identificados na Alemanha, Espanha, Itália, Áustria e Estónia.