Sol alentejano foi trunfo: português conquista pódio no Sahara
José Maria Garcia, de 27 anos, fez história em Marrocos ao conquistar o pódio nos 100km da “Maratona das Areias”, considerada uma das provas mais exigentes do mundo.
10 nov. 2025, 14:30
Fotografia: José Maria Garcia, de 27 anos, fez história em Marrocos ao conquistar o pódio nos 100km da “Maratona das Areias”
O sino da Igreja de Moura, no Alentejo, ainda não marcou o meio-dia, mas José Maria Garcia já está pronto para mais um treino, depois da última conquista no deserto do Sahara. O atleta, de 27 anos, alcançou o 3.º lugar na “Maratona das Areias” em Marrocos, no fim do mês de outubro, onde participou na categoria dos 100km.
A prova, que é considerada uma das mais exigentes do mundo, realizou-se em três etapas. Ao Conta Lá, o atleta mourense revela que a maior vantagem que levou para a competição acabou por ser mesmo a familiaridade com as condições climatéricas, fruto dos treinos diários no Alentejo, onde as temperaturas máximas no verão chegam perto dos 43ºC.
O atleta explica que “o calor no deserto, a superar os 44ºC", considerado o maior desafio para a maioria dos participantes, não se revelou um obstáculo, uma vez que está “habituado a correr com temperaturas similares”.
O maior desafio foi "correr na areia e suportar o peso da própria mochila”. À semelhança dos restantes atletas, José Maria Garcia teve de carregar cerca de oito quilos de mantimentos às costas, uma bagagem onde “cada grama conta e é importante poupar no peso”. Da alimentação ao material de campismo, o corredor optou por objetos mais leves.
Aventureiro e apaixonado pela natureza desde a infância, o atleta da Casa do Benfica de Moura diz que descobriu o gosto pela corrida de trilhos “por acaso, através de um anúncio de uma prova em Serpa, na altura de 15 km”, há seis anos. Desafiou um primo a participar e, desde então, nunca mais parou.
Começou pelas provas nacionais mais curtas e, depois de iniciar os treinos profissionais, estreou-se internacionalmente, em 2022, na Áustria. “Não tinha noção que era possível correr em sítios assim”, afirma. Em maio deste ano, conquistou também um novo recorde nacional na “Maratona do Evereste” de 42 km no Nepal, que concluiu em sete horas e oito minutos, ficando em 43.º lugar entre 215 participantes. Uma prova onde o maior desafio foi “o frio extremo, a radiação solar, a altitude e a qualidade da água”.
Nas competições, que são quase sempre solitárias, José Maria Garcia encontra motivação nas batidas ritmadas da música rock que o acompanha no ouvido. Na equipa e no treinador, João Carlos Mota, econtra “um suporte incondicional” porque lhe ensinam “tudo, desde a nutrição a outros pequenos pormenores”.
O atleta divide-se entre as sapatilhas de corrida e o “Monte da Vaquinha”, uma exploração agrícola que tem com o irmão, no Alentejo. Depois das conquistas deste ano, o mourense pretende voltar a apostar nas provas nacionais no próximo ano.
“Quero aproveitar para me focar em treinos mais pesados e técnicos, para depois aventurar-me em provas mais exigentes”, explica.
Mas a adrenalina faz com que já antecipe o próximo desafio internacional, que poderá acontecer na Gronelândia.
A prova, que é considerada uma das mais exigentes do mundo, realizou-se em três etapas. Ao Conta Lá, o atleta mourense revela que a maior vantagem que levou para a competição acabou por ser mesmo a familiaridade com as condições climatéricas, fruto dos treinos diários no Alentejo, onde as temperaturas máximas no verão chegam perto dos 43ºC.
O atleta explica que “o calor no deserto, a superar os 44ºC", considerado o maior desafio para a maioria dos participantes, não se revelou um obstáculo, uma vez que está “habituado a correr com temperaturas similares”.
O maior desafio foi "correr na areia e suportar o peso da própria mochila”. À semelhança dos restantes atletas, José Maria Garcia teve de carregar cerca de oito quilos de mantimentos às costas, uma bagagem onde “cada grama conta e é importante poupar no peso”. Da alimentação ao material de campismo, o corredor optou por objetos mais leves.

Aventureiro e apaixonado pela natureza desde a infância, o atleta da Casa do Benfica de Moura diz que descobriu o gosto pela corrida de trilhos “por acaso, através de um anúncio de uma prova em Serpa, na altura de 15 km”, há seis anos. Desafiou um primo a participar e, desde então, nunca mais parou.
Começou pelas provas nacionais mais curtas e, depois de iniciar os treinos profissionais, estreou-se internacionalmente, em 2022, na Áustria. “Não tinha noção que era possível correr em sítios assim”, afirma. Em maio deste ano, conquistou também um novo recorde nacional na “Maratona do Evereste” de 42 km no Nepal, que concluiu em sete horas e oito minutos, ficando em 43.º lugar entre 215 participantes. Uma prova onde o maior desafio foi “o frio extremo, a radiação solar, a altitude e a qualidade da água”.
Nas competições, que são quase sempre solitárias, José Maria Garcia encontra motivação nas batidas ritmadas da música rock que o acompanha no ouvido. Na equipa e no treinador, João Carlos Mota, econtra “um suporte incondicional” porque lhe ensinam “tudo, desde a nutrição a outros pequenos pormenores”.
O atleta divide-se entre as sapatilhas de corrida e o “Monte da Vaquinha”, uma exploração agrícola que tem com o irmão, no Alentejo. Depois das conquistas deste ano, o mourense pretende voltar a apostar nas provas nacionais no próximo ano.
“Quero aproveitar para me focar em treinos mais pesados e técnicos, para depois aventurar-me em provas mais exigentes”, explica.
Mas a adrenalina faz com que já antecipe o próximo desafio internacional, que poderá acontecer na Gronelândia.